Oi! Eu sou a Clara, a pessoa que vai escrever aqui durante o mês de julho. Ironicamente, justo no mês do meu aniversário, o Blog é Meu! Escrever é uma paixão minha desde que eu me lembro, sempre fui a pessoa que enchia cadernos, bloquinhos e agora o bloco de notas do celular. Escrever sobre esporte, então, é literalmente o que eu faço da vida. Durante as próximas sextas eu espero trazer textos que mostrem que o esporte é mais do que acontece nas linhas das quadras/campos e nos minutos de jogos. Esporte é história, cultura popular, resistência e tantas coisas mais. Vai ser um prazer dividir essas minhas duas paixões por aqui.
A ideia desse post surgiu quando eu vi a Karol durante a viagem da California usando o mesmo Air Jordan 1 que eu tenho. O mais doido é que, na hora que experimentei na loja, pensei: “esse tênis é tão Karol Pinheiro…”. Vendo os vídeos dessa viagem, o vlog em que a Karol e a Maqui entram na Nike me despertou o rolê. Será que elas sabem o que está por trás do tênis? Será que o mundo sabe?
Eu não entendo de moda, mas eu entendo de esporte. Então resolvi fazer um texto contando um pouco sobre a história desse tênis que tá tão em alta. Vem comigo!
Bem, essa história tem dois personagens principais: a Nike e o Michael Jordan, lenda do basquete mundial. Então, cabe a mim apresentar esses bonitos antes de mais nada.
A Nike, marca esportiva que domina o mundo hoje, nasceu em 1964 com o nome de “Blue Ribbon Sports” em uma cidadezinha chamada Beverton, no estado do Oregon, nos EUA. Os fundadores, Bill Bowerman e Phil Knight, eram parte da equipe de atletismo da Universidade de Oregon. Bowerman era o técnico e Knight um de seus alunos.
Com o objetivo de criar um material esportivo (de atletismo) de boa qualidade e com um preço mais acessível, eles abriram em 1966 uma loja e, em 1967, lançaram o primeiro sapato autoral da marca: Nike Cortez, um tênis de caminhada. Esse tênis é, nada mais nada menos, que o tênis do filme Forrest Gump.
Em 1971, o nome da empresa mudou de vez para Nike, que é uma representação da deusa grega Niké, que era considerada pelos antigos como a deusa da vitória e das glórias, padroeira dos atletas e guerreiros da Grécia antiga.
Ainda nos anos 70, a marca decidiu expandir seu negócio para outros esportes que não o atletismo e começou justo por uma antiga paixão norte-americana: o basquete. O 1º tênis autoral da marca para o esporte foi o Nike Bruin, mas foi só em 1978 que nasceu outro queridinho do público atual: o Nike Blazer, criado em homenagem ao time do estado de Oregon, o Portland Trail-Blazers.
A marca tentava emplacar seus tênis, mas ainda não conseguia estar nos pés dos principais jogadores da liga. Nos anos 70, astros como Julius Erving, Larry Bird e Magic Johnson, que hoje estão no Hall da Fama do Basquete Mundial, tinham seus próprios tênis assinados com a Converse: sim, o All-Star era um tênis de basquete. E a Adidas chegava pesado com o Super Star, que era o sapato de Kareem Abdul-Jabbar, lenda viva dos Los Angeles Lakers.
Foi só em 1982 que a marca do “swoosh” lançou um outro clássico dos pés atuais: o Nike Air Force 1. Com um nome inspirado no avião presidencial dos EUA, o tênis começou a fazer mais sucesso entre os boleiros. A empresa chegou a ter 6 jogadores de elite como “garotos propaganda”, incluindo o lendário Moses Malone. Ainda assim, a marca perdia no mercado para a Converse e a Adidas.
Pode entrar, Michael!
Mas eis que aqui aparece nosso segundo personagem do rolê. Michael Jordan, um “menino” que jogava na Universidade da Carolina do Norte e tinha acabado de ser campeão universitário. Jordan foi para o Draft, o processo de seleção da NBA, com uma expectativa muito alta e foi selecionado pelo Chicago Bulls na 3ª escolha.
Jordan, que já era um fenômeno universitário, viu um mundo de possibilidades quando entrou na liga profissional. Até este ano de 2022, as regras dos esportes universitários dos EUA não permitiam que nenhum atleta pudesse ganhar um centavo sequer de contratos com patrocinadores ou empresários.
Com um status de futura estrela da liga, Jordan sonhava em ter um contrato de patrocínio com a Adidas. Mas a oferta que chegou para ele, hoje a melhor de todos os tempos, foi da Nike. Buscando o seu próximo grande nome, a empresa esportiva ofereceu um contrato de 500 mil dólares ao longo de 5 anos e um sapato assinado. Como exposto no documentário “The Last Dance”, produzido pela ESPN dos EUA, e distribuído ao redor do mundo pela Netflix, Jordan quase recusou o contrato por não acreditar que a Nike poderia se tornar referência no basquete. Mas a mãe de Michael foi a responsável por mudar a cabeça do filho.
Com Michael chegando na temporada de 1984/1985 da NBA, a Nike teve que desenvolver rapidamente um tênis com o jogador. Dessa junção nasceu o Air Jordan 1, o tênis que está no pé de milhares de pessoas pelo mundo!
O curioso foi que Jordan optou por fazer algo fora do tradicional. Apesar da sola mais fina e leve que dos concorrentes, o astro do basquete fez uma escolha ainda mais impactante: seu tênis não seria majoritariamente branco, como recomendado pela liga. O pisante era preto e vermelho, cores do time de Chicago, e foi banido pela NBA. A cada jogo que Michael Jordan entrava em quadra, eram 5 mil dólares a menos na conta bancária do jogador.
O tênis foi lançado em 1985 e é considerado uma total revolução no mercado. O calçado foi um sucesso, estima-se que, na época, foram vendidos mais de 450 mil pares ao redor dos EUA.
Futuramente, Michael Jordan se tornou o maior jogador de todos os tempos do basquete. E os tênis acompanharam: foram mais de 14 modelos lançados, todos considerados peças fashion e sucessos de vendas. A partir dos tênis assinados por Michael Jordan, a Nike virou referência mundial nos tênis de basquete e equipamento esportivo no geral.
Mas é claro que o Air Jordan 1 sempre terá um significado especial. Uma prova disso é que, quando Jordan fez sua última partida pelo Chicago Bulls, no Madison Square Garden, histórico ginásio de Nova York, em 1998, o astro fez questão de jogar com seus Air Jordan 1 de quase 15 anos antes. Considerado a “meca do basquete” e onde a NBA nasceu, o Madison Square Garden, recheado de mais de 19 mil pessoas, foi abaixo para ver Michael Jordan anotar 42 pontos em uma atuação de gala. Quem sofreu foi o pé do jogador. Acostumado com uma tecnologia mais moderna e outros modelos de tênis, Jordan terminou a partida com os pés ensanguentados de ter jogado com seu tênis original.
Fãs de basquete, fãs de moda ou simplesmente fãs do modelo, a verdade é que o Jordan que está no seu pé tem uma história por trás. Uma história que se confunde com um cara lendário da NBA, com a história do esporte… E, honestamente, esse post não é pra atrelar status a tênis nenhum. Ou tratar nada com um artigo de luxo. É para relembrar que por trás de tudo que a gente vive, usa e é, tem uma história a ser contada. E essa é a breve história do Jordan que tá no seu pé.
Até sexta que vem!
Nossa que texto maravilhoso! Parabéns!!! Adorei ler mais sobre a história do tênis e também da Nike!!!
Eu ameiiiiiiiii muito! Eu sou muito fã de basquete desde quando comecei a jogar pequenininha e amo acompanhar coisas relacionadas, achei muito inesperado ver esse tema no blog, já te amei clara!!!
Uaaau, que texto e história incríveis!!!
Onde é que estavam escondidas, estas pessoas que escrevem tão bem?
Estou impressionada com as coloboradoras do Blog, parabéns 👏👏👏
Adorei!
Ansiosa para próxima publicação da semana que vem.
👏🏻👏🏻👏🏻
Ameeeeeiiii 🤩👏🏼
Que texto incrível!! Juntou tudo o que amo, história e esporte, não podia ser melhor. Estou contando as horas para a próxima sexta!
Muito bom 😊 Adorei conhecer a história do tênis jordan e ainda marejei os olhos com a parte do pé do Michael todo ensaguentado por usar o tênis de quinze anos atrás no seu jogo de despedida kkkkk
Parabéns clara, começou com tudo 👏🏼👏🏼
Arrasou muitoooooo
Uau! Que massa essa história.
Amei a sua narrativa!
Até sexta que vem.
Um cheiro ❤
Amei, Clara!!!! 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
Amei!!
Uau! Que massa essa história.
Amei a sua narrativa!
Até sexta que vem.
Um cheiro ❤
Conhecia a história meio q por cima, mas lendo o esse texto da Clara 👏🏻👏🏻👏🏻
Já quero um air Jordan
não sou amante dos esportes, mas ameiii essa ideia de contar histórias que entrelaçam assuntos! amei muito e já ansiosa para os novos textos ❤️
Que post maravilhoso!
Adorei!
Eu simplesmente AMEI o post, inclusive me arrepiei algumas vezes, conhecer a história das coisas é muito massa! Parabéns pela escrita e parabéns para Maqui e Karol por resgatar o delicioso prazer de ler um belo de um blog! Um Xero pra vocês!
Eu amei demais esse post! A moda é uma forma de expressão, inclusive dentro do esporte! O segundo episódio da série Abstract na primeira temporada, da Netflix, conta bem a história do Tinker Hatfield q é designer de tênis e como foi q ele desenvolveu o Air Jordan pro Michael! É sensacional!
Curti, hein! Eu, que nunca tive muitos tênis (sempre fui mais das botinhas e oxfords) tô até querendo esse nike blazer
Não tenho um Jordan, mas agora eu quero um. Texto incrível!
Têm é tempo que não entro em um blog para ler algo… Adoreiiiiiiiiii!!!
Adoro a NIKE e todo esse universo que está em volta dela.
AMEI!!! Adoro saber das histórias por trás das coisas que parecem banais.
Oiii…Amei conhecer a história do tênis e não imaginava que tinha todo esse rolê… a mãe mudou a história literalmente… mãe é mãe sempre… estou querendo um tênis e ja estava de olho nele… agora deu mais vontade… parabéns pela história…. curioso pela proxima.
Meu deus!!!! Muito foda, escrita DELICIOSA. Eu tava com muita saudade de um blog 🤍
Uauuuuu!!! Texto sensacional, Clara.
Parabéns!
Adorei!!!
Amando essa troca de autoras talentosas e assuntos interessantes! Delícia de blog!
Parabéns Clara!
Tenho um cliente que ama esse tênis, e mandei para ele seu texto, que o fez ficar ainda mais apaixonado!
AMEEEEEI O TEXTO!!!