Faz tempo, mas lembro de todos os meus primeiros dias de aula. Quando eu ainda era BEM criança e ia fazer minha estreia nos corredores de um colégio, estourei a correntinha que minha mãe tinha no pescoço. Queriam me tirar do colo dela e, poxa, era tão bom lá.
Aí rolou de novo aos 10 anos. Eu já estava mais madura (e confesso: louca para estrear minha mochila da Barbie). Por isso, chorei baixinho antes de entrar na sala de aula e a tristeza logo passou.

A mais recente aconteceu há 3 anos. Meu pai seria transferido de emprego e, consequentemente, de cidade. Saímos do interior de SP para, finalmente, morar na capital. Na época achei ruim. Eu ia me separar dos meus amigos na véspera de completar 15 anos. O que, é claro, resultaria numa comemoração ainda mais fracassada do que já esperava ter. Mas quando entrei na escola, me deparei com o Bruno. Pronto, seria a minha melhor primeira vez. Numa escola nova. E não seria a única com ele.
Nosso abraço do dia anterior virou um abraço maior, e maior, e maior e… Era oficial: eu havia mudado para a categoria de meninas que já tinham transado.

Não, não do jeito que a gente costuma ver nos filmes e na tv. Foi mais pra… sei lá… um livro com parágrafos trocados. Talvez eu esteja exagerando, afinal, nunca sonhei com flores no dia seguinte, mas não saber exatamente o que fazer tornou as coisas um pouco mais difíceis.

E você? Está aí se perguntando se eu gostei? Pois a resposta é: o problema foi o que ouvi em seguida. As três palavras que mudaram tudo…