A Isa é aquele tipo de garota que parece ter saído de um filme da Sofia Coppola: ela é incrível sem fazer esforço. Nos conhecemos durante o estágio dela lá na CAPRICHO e, por sorte, tivemos a chance de fazer algumas matérias juntas. Era maravilhoso ver a Isa ilustrando. Sempre que eu via as cores tomando forma, me perguntava: como uma pessoa pode fazer isso? hahaha Sou do tipo que desenha bonecos de pauzinhos, sabe! Se você pensa em fazer facul de design gráfico, precisa ler o texto abaixo Já!

Primeiro, como eu escolhi o curso?
Sempre curti desenhar. Acho que, por isso, tinha certeza de que faria Artes Plásticas. Mas aí chegou a hora de escolher minha profissão de verdade e me questionei sobre o que faria com as minhas habilidades. Uma coisa era fato: com certeza eu não queria ser pintora. O que eu curtia de verdade eram as imagens produzidas em forma de revistas, pôsteres, cartazes, capas de CD, embalagens, ilustrações e tipografia (na época eu nem sabia que esse era o nome dos estilos de fontes e letras). Assim como várias pessoas, quando eu era adolescente nem imaginava que existia um curso superior para isso. Muito menos que essa podia ser uma profissão! Como a escola não ajudou  nem um pouco a esclarecer minhas dúvidas, tive a sorte de ter amigos mais velhos que entraram no curso e me explicaram o que era Design Gráfico. Foi o que eu escolhi.

Como me preparei para o vestibular?
O mais chato foi escolher a faculdade, você sempre fica na dúvida sobre qual é a melhor. Optei pela Belas Artes porque o curso dá muita ênfase para ilustração, gravura e não fica só no computador. Pra ser sincera, o vestibular foi bem fácil. Existe uma prova de aptidão em que você precisa desenhar, mas pra quem já sabe, é tranquilo.

O curso e a rotina
Ao entrar na faculdade, você logo percebe que o mais legal é ver uma galera que curte as mesmas coisas que você. No início, estudamos os fundamentos de composição e história da arte, muito desenho e colagem. A gente tem contato com várias áreas do design gráfico como tipografia, ilustração, gravura e animação e, todo semestre, rola uma matéria de projeto gráfico. Por causa dela, já fiz embalagem, marca, sinalização, revista, livro e até um carimbo que, apesar de simples, é um dos meus trabalhos favoritos. O curso dura 4 anos e quase todos os trabalhos são práticos, não teóricos. Se você curte colocar a mão na massa é bem legal! Não vou mentir: alguns trabalhos não tinham nada a ver comigo e eu realmente não curti fazer. Mas isso é legal para descobrir o que você gosta e o que realmente não é sua praia. O curso abre possibilidades para atuação em várias áreas distintas.

Meu estágio e os trabalhos legais
No segundo ano da faculdade, eu estagiei na revista CAPRICHO. Fiz muita coisa: pude acompanhar ensaios, ilustrar e até fazer matérias próprias (mesmo sendo só estagiária). Uma das coisas mais legais do design gráfico é a possibilidade de trabalhar da sua própria casa, como freelancer. Curso o último ano e já trabalho como freela para alguns lugares. Esse ano, por exemplo, ilustrei o Guia de Make da CAPRICHO inteirinho! Para o designer, o portfólio é o mais importante (e não adianta esperar trabalhos para montar um). É preciso correr atrás e criar seus projetos em paralelo à faculdade. Além de ser um hobby, nos meus trabalhos pessoais, posso fazer tudo do jeito que eu quiser.

Pra ver mais do que faço é só entrar em www.isamikey.tumblr.com